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Fenômenos que impressionam, raios e trovões são manifestações naturais intensas que ocorrem durante tempestades e revelam muito sobre o funcionamento da atmosfera. Além de impactarem visual e sonoramente, essas descargas elétricas também exercem influência sobre o meio ambiente, podendo inclusive afetar gases do efeito estufa. Mas de onde vêm os raios e trovões? E o que os diferencia de relâmpagos? Neste artigo, você vai entender a formação desses fenômenos, seus riscos, curiosidades e como se proteger.
O raio é uma descarga elétrica de alta intensidade que ocorre na atmosfera, geralmente durante tempestades, conectando nuvens de tempestade ao solo, ao ar ou a outras nuvens. A formação acontece dentro das nuvens do tipo Cumulonimbus, que têm grande extensão vertical e surgem em condições atmosféricas instáveis — quando o ar quente e úmido sobe e encontra camadas frias.
No interior dessas nuvens, o atrito entre cristais de gelo e granizo gera cargas elétricas. As mais pesadas (negativas) descem para a base da nuvem, enquanto as positivas sobem. Quando a diferença de potencial entre essas cargas se torna muito alta, o ar perde sua capacidade de isolá-las, e ocorre a descarga elétrica — o raio.
A maioria dos raios ocorre dentro das próprias nuvens, mas parte deles atinge o solo, especialmente em áreas elevadas ou com objetos pontiagudos e metálicos. O tipo mais comum é o raio descendente, que vai da nuvem para a Terra, mas também há raios ascendentes, que saem do solo em direção à nuvem.
Quando um raio ocorre, ele aquece intensamente o ar ao seu redor — a temperaturas superiores à da superfície do Sol. Essa explosão térmica faz o ar se expandir de forma violenta, gerando ondas sonoras que se propagam como o trovão. Portanto, o trovão é o som causado por um raio.
Já o relâmpago é o clarão visível da descarga elétrica. A diferença de velocidade entre a luz e o som explica por que sempre vemos o relâmpago antes de ouvir o trovão.
Curiosidade: você pode estimar a distância de um raio contando os segundos entre o relâmpago e o trovão. Multiplique esse número por 343 (velocidade do som em m/s). Exemplo: se você contar 3 segundos, o raio está a cerca de 1 km de distância.
Estudos do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat/Inpe) indicam que áreas urbanas apresentam maior incidência de raios em comparação com áreas rurais próximas. Isso acontece devido à formação de ilhas de calor, provocadas pelo excesso de concreto, asfalto e poluição.
O aumento da temperatura nessas regiões estimula a formação de nuvens de tempestade. Segundo o Inpe, a cada 1°C de aumento na temperatura do ar, o potencial de tempestades severas cresce cerca de 15%.
Apesar de sua beleza, os raios são perigosos. Estima-se que eles causem prejuízos anuais de cerca de 200 milhões de dólares no Brasil, afetando redes elétricas, causando incêndios e provocando mortes de pessoas e animais.
A corrente elétrica de um raio pode ultrapassar os 30 mil amperes — o equivalente a cerca de mil chuveiros elétricos ligados ao mesmo tempo. Casos mais extremos já registraram raios com até 300 mil amperes e voltagens entre 100 milhões e 1 bilhão de Volts.
A maioria das mortes ocorre por parada cardíaca e respiratória. As chances de uma pessoa ser atingida são baixas (menos de 1 em 1 milhão), mas aumentam muito em áreas abertas e durante tempestades.
Pesquisas recentes revelaram que raios e descargas invisíveis produzem radicais livres (como hidroxila e hidroperoxila), capazes de quebrar moléculas de gases do efeito estufa, como o metano.
Embora o potencial desses radicais na redução das mudanças climáticas ainda esteja em estudo, o fenômeno demonstra como os raios exercem papel importante também em processos químicos na atmosfera.
O Inpe recomenda diversas medidas de segurança para evitar acidentes:
O Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo, com média anual de 77,8 milhões de descargas elétricas. Isso se deve à sua localização na zona tropical, onde o clima quente favorece a formação de tempestades.
Raios e trovões são muito mais do que um espetáculo natural. Eles revelam a complexidade das tempestades, a força da natureza e os impactos diretos sobre a vida humana, o meio ambiente e a tecnologia. Compreender sua origem e adotar medidas de proteção é essencial para evitar prejuízos e acidentes.
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