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A transição de maio para junho de 2025 promete um evento meteorológico notável. Simulações atmosféricas avançadas têm consistentemente indicado a chegada de uma extensa e intensa massa de ar frio polar sobre a América do Sul, com projeção de avançar significativamente sobre o Brasil.
Tudo indica que esta será a primeira onda de frio de 2025, capaz de provocar um declínio acentuado nas temperaturas não somente na região Sul, mas também em grande parte do Sudeste, Centro-Oeste e até mesmo em Rondônia, Acre e no sul do Amazonas. Pouco antes do solstício de inverno, em 20 de junho, essa onda de frio tem o potencial de causar geadas e temperaturas congelantes em diversas áreas do país.
O aspecto distintivo desta massa de ar frio é sua natureza continental. Isso significa que o ar polar se deslocará pelo interior da América do Sul, e não sobre o oceano. A maioria das massas de ar frio que atingem o Brasil geralmente passa mais tempo sobre o oceano, tendendo a diminuir seu poder de resfriamento. Uma massa de ar frio continental tipicamente possui baixa umidade, intensificando seu potencial de resfriamento. São massas de ar frios continentais que conseguem transportar o ar gelado para o interior do Brasil, resultando em temperaturas verdadeiramente baixas no interior do Sudeste e Centro-Oeste, além de causar o fenômeno da friagem em partes da região Norte.
Dois avanços de ar polar
Análises recentes indicam que este intenso resfriamento sobre o Brasil poderá ocorrer em duas fases, com o ar polar avançando sobre o país em dois pulsos distintos. Essa dinâmica é frequente quando há a necessidade de deslocar massas de ar quente e seco que persistem sobre o interior do Brasil por vários dias.
A primeira onda deste ar frio intenso deve chegar associada a uma frente fria, que provavelmente iniciará a provocar chuva no Sul do Brasil e no Paraguai por volta de 27 de maio. No dia 28 de maio, enquanto o ar polar avança sobre o Sul e o Mato Grosso do Sul, a instabilidade da frente fria deverá se estender por parte de São Paulo e de Mato Grosso. Nos dias 29 e 30 de maio, o ar polar já deverá causar uma queda significativa de temperatura em áreas do Sul do Brasil, do Mato Grosso do Sul e também do oeste e sul de Mato Grosso. Há a possibilidade de que o vento gelado alcance até mesmo partes de Rondônia e do Acre. Em São Paulo, a queda de temperatura ainda não seria tão abrupta devido ao excesso de nebulosidade e chuva. Esses dois dias ainda devem apresentar temperaturas elevadas e calor na maioria das áreas do Sudeste e do Centro-Oeste.
O segundo pulso de ar polar, que reforçará o primeiro, deverá avançar sobre o Brasil entre os dias 31 de maio e 1º de junho, impulsionando o ar frio de forma mais efetiva sobre as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
É importante notar que essas projeções são preliminares e ainda passarão por ajustes de rota na próxima semana, considerando as condições meteorológicas reais observadas sobre o Brasil e a América do Sul. Essas variações são comuns, e a chegada do ar frio pode sofrer atrasos ou antecipações. Embora seja prematuro especificar valores exatos de temperatura, definir as áreas mais afetadas pelo frio e a duração dessa onda de frio nos diferentes estados brasileiros, é possível antecipar alguns impactos com base nas características desse tipo de massa de ar frio.
Temperaturas negativas
É altamente provável que os três estados da região Sul do Brasil registrem temperaturas abaixo de zero. Contudo, desta vez, os termômetros poderão marcar valores inferiores a 0°C, inclusive em áreas fora das regiões serranas. Em uma análise inicial, temperaturas ligeiramente abaixo de 0°C poderiam ocorrer em áreas do Mato Grosso do Sul e também em São Paulo.
Geada
Caso essa intensa massa de ar frio polar avance sobre o interior da região Sul, conforme as projeções recentes das simulações atmosféricas, a ocorrência de geada poderá ser generalizada no Sul do Brasil. Em algumas localidades, a geada poderá atingir intensidade moderada a forte, representando um risco de danos à agricultura pela primeira vez neste ano.
Risco de neve e outras precipitações invernais
Considerando as condições meteorológicas previstas para o final de maio e o início de junho de 2025, a possibilidade de neve e outros tipos de precipitação invernal no Sul do Brasil não pode ser descartada. Além da intensa entrada de ar frio pelo interior do Brasil, a potencial formação de um ciclone extratropical sobre o oceano poderia fornecer a umidade necessária para a formação de nuvens propícias a tais fenômenos.
Frio abaixo dos 10°C no Centro-Oeste e Sudeste
Caso esta onda de frio avance de forma continental sobre o Brasil, o ar polar poderá penetrar intensamente pelo interior do Sudeste e sobre a região Centro-Oeste. Isso poderia levar muitas áreas a experimentar temperaturas próximas ou até abaixo dos 10°C, o que é incomum na maioria das localidades dessas regiões.
Friagem no norte
Confirmando-se a natureza continental desta onda de frio, o vento gelado poderá avançar sobre Rondônia, Acre e áreas do sul do Amazonas, causando o fenômeno da friagem. A friagem consiste em uma queda acentuada de temperatura nessa parte do Brasil, especificamente provocada pela passagem de ar frio de origem polar, e não por excesso de nebulosidade ou chuva. Não se poderia descartar temperaturas em torno dos 10°C em algumas áreas de Rondônia e até do Acre.
Recordes de baixa temperatura
De acordo com as projeções atuais da intensidade desta onda de frio, os primeiros dias de junho poderão trazer muitos recordes de baixa temperatura nos estados do Sul, em diversas áreas do Sudeste e Centro-Oeste, e também em parte da região Norte. É possível que se registre um novo recorde de menor temperatura de 2025 no Brasil. Até o dia 22 de maio, a menor temperatura oficialmente registrada no país foi de -3,2°C na região de Caminhos da Neve, em São Joaquim, na serra de Santa Catarina.
Mar agitado e ressaca
Existe a expectativa de que a frente fria que trará esta forte onda de frio esteja associada a um grande ciclone extratropical. O deslocamento desse sistema pela costa da Argentina, do Uruguai e do Sul do Brasil poderá causar intensa agitação marítima, gerando grandes ondas ao longo do litoral da região Sul e em parte do litoral da região Sudeste do Brasil.
Com informações da Climatempo.
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