A agosto atípico em Manaus: Chuvas acima da média histórica e ventos alísios intensos

Este mês de agosto tem sido atípico para Manaus, com um volume de chuvas que superou em muito a média histórica. Nos primeiros 14 dias do mês, a cidade acumulou 119,9 mm de precipitação, mais que o dobro da média mensal de aproximadamente 56 mm.

O dia 10 de agosto foi o mais chuvoso, registrando 83,2 mm em 24 horas, o que é um valor extremamente alto para o período. Esses dados foram confirmados pelas estações do INMET e do CEMADEN, que também registrou um alto volume de chuva, com 99,6 mm na estação Igarapé do Mindu.

Tradicionalmente, agosto marca o auge do “verão amazônico”, o período mais seco e quente em Manaus, quando as chuvas diminuem significativamente e o risco de queimadas aumenta. No entanto, este ano, a capital amazonense está vivenciando o oposto, com chuvas bem acima do esperado.

Causas do excesso de chuva em Manaus

O aumento incomum das chuvas em Manaus, durante o que seria o período seco, é resultado de uma combinação de fatores climáticos. O calor e a umidade elevados da região amazônica, já típicos, se uniram a uma intensificação dos ventos alísios. Esses ventos, que trazem umidade do oceano Atlântico para o continente, estão mais fortes que o normal para esta época do ano.

Essa conjunção de fatores cria um ambiente propício para a formação de nuvens carregadas e pancadas de chuva intensas, mesmo em pleno agosto, que geralmente é um mês de estiagem.

Nível dos rios e alertas

O grande volume de chuvas já está impactando o nível dos rios na região. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o rio que passa por Manaus já se encontra em cota de inundação, ultrapassando o limite de segurança para a prevenção de alagamentos. Essa situação pode representar um risco significativo para comunidades ribeirinhas e áreas urbanas mais vulneráveis.

 

Alerta para os próximos dias

Apesar de agosto ser tradicionalmente um mês seco, as atuais condições atmosféricas indicam que novas chuvas podem ocorrer em Manaus. A população, especialmente a que reside em áreas de risco, deve ficar atenta aos alertas emitidos pela Defesa Civil e por órgãos de meteorologia.

Com informações da Climatempo.

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