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Neste sábado (21) o verão começou oficialmente às 06h21 (horária de Brasília) e o grande destaque já é o estabelecimento da primeira Zona de Convergência do Atlântico do Sul deste ano de 2024 e da estação. Os primeiros dias de verão prometem ser marcados por condição de pancadas de fortes de chuva sobre o tudo no Brasil Central.
Nessa primeira semana entre a segunda e a terça-feira, a formação da ZCAS contribuirá para chuva numa extensa faixa que vai desde a costa da Região Sudeste até a porção sudoeste da Amazônia. Estados como Rondônia, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, além do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul (norte) e Tocantins (sul) estarão sob a influência deste sistema.
Volumes altos de chuva nos próximos dias
Os acumulados de chuva podem ultrapassar 150 mm em diversas áreas. As regiões Minas Gerais (centro-leste), Espírito Santo (sul) e Rio de Janeiro (noroeste) podendo acumular entre 200 mm e 250 mm nos próximos dias.
Alerta: há risco de deslizamento, enxurradas, enchentes e alagamentos em áreas de risco. Fiquem em atenção aos informativos no decorrer dos próximos dias.
O que é e como se forma a ZCAS?
A Zona de Convergência do Atlântico Sul, é o principal sistema meteorológico do verão no Brasil, responsável por um período prolongado de chuva frequente e volumosa sobre parte das Regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste. Mas este sistema também pode ocorrer durante a primavera.
Em boa parte das áreas do Sudeste e do Centro-Oeste, o elevado volume de chuva produzido durante a atuação da ZCAS, que em média atua por um período de 4 a 10 dias, pode representar grande parte da chuva do trimestre mais chuvosa do ano.
A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) é uma grande e prolongada zona de convergência de umidade sobre o Brasil, resultado da interação da circulação de ventos de vários sistemas meteorológicos que atuam simultaneamente: frente fria na costa do Sudeste, Vórtice Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN) no Nordeste, sistema de baixa pressão atmosférica (circulação ciclônica, horária) que se forma em torno de 10 km de altitude, a Alta da Bolívia, grande sistema de alta pressão atmosféricas (circulação anticiclônicas anti-horária) que se estabelece em torno de 10 mil metros de altitude, e também a presença de um cavado atmosférico (ondulação na circulação de ventos non sentido horário), em médios níveis da atmosfera, em torno de 5 mil metros de altitude.
Qual a relação da ZCAS com o EL Niño e LA Niña?
Estes fenômenos de escala global como El Niño e La Niña interferem na formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul. As mudanças na circulação dos ventos em variáveis níveis da atmosfera causadas pelo aquecimento (El Niño) ou pelo resfriamento (La Niña) anormal das águas do oceano Pacifico Equatorial Central e Leste dificultam ou facilitam a organização da ZCAS sobre o Brasil.
De modo geral, em anos de El Niño, a formação da ZCAS é dificultada, mas isto não significa que o fenômeno não ocorre. O El Niño dificulta a organização da Alta da Bolívia, sendo um sistema básico para formação.
A La Niña, em geral, facilita a organização da ZCAS. A situação de neutralidade no Pacífico Equatorial centro-leste, isto é, sem El Niño e sem La Niña, também favorece a formação da Zona De Convergência do Atlântico Sul.
Qual é o posicionamento e as variações da ZCAS?
A ZCAS é uma conexão entre frentes frias no oceano e a extensas áreas de instabilidades sobre o interior do Brasil. Porém, a posição das áreas de chuva pode variar sobre o país. A atuação da ZCAS não é igual de um ano para o outro, não ocorre sempre sobre as mesmas regiões.
A grande faixa de instabilidade sobre o interior do Brasil pode se formar em uma posição mediana (1) sobre a região Sudeste e o Centro-Oeste, fazendo com que a chuva seja bem distribuída por praticamente todas as áreas, atingindo também vários estados da Região Norte, como Amazonas, Rondônia e Acre.
Quando o eixo da ZCAS se instala mais ao norte (02), a chuva frequente cai preferencialmente sobre o Espírito Santo, Minas Gerais (norte), Bahia, Tocantins, Pará (parte do estado), Amazonas (sul), Goiás (norte), Distrito Federal e Mato Grosso (centro-norte). Dessa forma, a chuva se torna menos frequente em São Paulo (centro-sul e oeste) e Mato Grosso do Sul.
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