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Por Peter Moon | Agência FAPESP (Reprodução)
O Pantanal, a maior planície alagada do mundo, corre o risco de, em 2100, ver as suas temperaturas médias anuais elevadas em até 7 °C. Tamanho aumento de temperatura implicaria uma redução sensível no regime de chuvas da região, principalmente no inverno. Tais mudanças climáticas teriam impacto sobre a evaporação da região e a própria existência do Pantanal como o conhecemos.
Essas projeções foram estimadas a partir da aplicação ao Pantanal dos modelos climáticos globais do 5º Relatório de Avaliação (AR5) do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de 2014.
O 5º Relatório de Avaliação do IPCC projeta um aumento na temperatura média global em 2100 de 3,7º C a 4,8°C. Quando seus parâmetros são usados para analisar as variáveis climáticas específicas do Pantanal, o resultado impressiona. Até 2040, as temperaturas médias devem subir de 2º C a 3 °C. Em 2070, o aumento poderá ser de 4ºC a 5°C, atingindo em 2100 uma temperatura média 6 °C mais elevada do que a atual.
As consequências para a fauna e a flora poderão ser severas. Espécies vegetais pouco adaptáveis a um grau de umidade inferior ao atual poderão desaparecer ou migrar para outras regiões. Em seu lugar, germinariam outras espécies, que preferem climas mais secos.
A alteração na vegetação implicaria diretamente as populações de invertebrados e de vertebrados herbívoros – capivaras, antas que delas dependem (mas também o gado das fazendas) – , numa reação em cadeia que afetaria todos os nichos da cadeia alimentar, até atingir os predadores de topo, como os felinos, os jacarés e as aves de rapina.
Clique aqui e veja a matéria completa no site da Agência Fapesp .
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