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O INMET publicou na quarta-feira (03), um levantamento dos principais fenômenos meteorológicos que atuaram no Brasil no mês de março de 2024. O mês foi marcado por episódios de chuva que causaram alagamento, deslizamento e impactos no agronegócio. Destaque para a chuva ocorrida nos estados do io de Janeiro, Pará, Maranhão, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, visto que os acumulados ultrapassaram a média histórica. Além disto, o mês também foi marcado por calor, típico do verão e influência do El Niño.
Nos últimos 30 dias, os maiores acumulados de chuvas ocorreram principalmente no centro-norte do País, decorrente à combinação do calor e alta umidade que contribuíram para a formação de nuvens de chuva, bem como a persistência de um corredor de umidade que favoreceu a formação de nuvens, desde o sul da região amazônica até o Sudeste do País, passando pelo Centro-Oeste, devido à atuação da ZCAS entre os dias 23 e 28/03.
Neste mês, a ZCIT esteve mais persistente e atuou durante três períodos, entre 04 a 14; 23 a 24 e 27 a 31, conforme imagem de satélite abaixo. Além disto, o aquecimento do Oceano Atlântico favoreceu a proximidade do sistema na faixa norte do Brasil, que provocou chuvas intensas nesta região.
Nas Regiões Norte e Nordeste, as pancadas de chuvas foram intensa sendo observados no Pará e Maranhão influenciada, pela combinação do calor e da alta umidade e reforçada pela atuação da ZCIT. Destaque para os municípios de Buriticupú/MA que acumulou 103,4 mm no dia 4; Tracuateua/PA chegou a 150,4 mm no dia 16; Turiaçu/MA, com 137,4 mm no dia 17 e Soure/PA, com 147,4 mm no dia 21.
A combinação do calor e da alta umidade foram os responsáveis por potencializar as instabilidades nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, como nos municípios de Nova Maringá/MT que registrou 111,8 mm no dia 6; Paraty/RJ que acumulou 135,0 mm em Divinópolis/MG, com 101,6 mm, ambos no dia 15 de março.
Em seguida a aproximação de uma frente fria causou chuvas volumosas no dia 22, chegando a 261,8 mm em Teresópolis/RJ; 193,6 mm em Alegre/ES; 154 mm em Alto do Boa Vista/RJ; 151,2 mm em Duque de Caxias/RJ. Antes do ocorrido, o INMET e a Defesa Civil Nacional alertaram a população sobre as chuvas intensas na Região Sudeste do Brasil por meio de uma coletiva de imprensa.
No fim a combinação desses eventos contribuíram para chuva na Região Sul, junto aos efeitos do fenômeno El Niño, que está, atualmente perdendo força. Destaque para Ibirubá/RS que no dia 09 acumulou 116,8 e chegando a 149,6 mm em Uruguaiana/RS no dia 17 de março. Já entre os dias 20 e 21, a aproximação de uma frente fria na região levou chuva inclusive no Rio Grande do Sul, como em Santa Vitória do Palmar/RS que registrou 148,0 mm e Jaguarão/RS que chegou a 125,0 mm.
Classificação das cores dos alertas do INMET
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